Promotores e policiais civis do Distrito Federal ouviram na tarde desta quinta-feira (7) o ex-governador Paulo Octávio na Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco). O depoimento, que durou duas horas e meia, foi determinado pela Justiça em investigação de suposto esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás para empreendimentos imobiliários no DF.
A investigação, iniciada em 2011, resultou na prisão temporária do administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira, na manhã desta quinta-feira (7). O administrador de Taguatinga, Carlos Alberto Jales, contra quem também foi expedido um mandado de prisão temporária, é considerado foragido.
Ao final do depoimento, o delegado Fábio Souza afirmou que Paulo Octávio era suspeito de envolvimento no suposto esquema de corrupção. “Suspeito de envolvimento nesses crimes que estão sendo apurados de concessão irregular de alvará junto às administrações de Taguatinga e Águas Claras.”
Em entrevista no escritório do advogado dele, Paulo Octávio afirmou que foi interrogado como testemunha sobre liberação de alvarás.
“Nossa empresa nunca foi procurada por nenhum administrador, pedindo qualquer tipo de ajuda. Há outras empresas também citadas. Acho importante ajudar a polícia nessa investigação”, falou.