A Polícia Militar deteve na manhã desta segunda-feira (1/4) um homem que fazia transporte pirata na via N1, próximo ao Palácio do Buriti. Apesar de ser uma ocorrência corriqueira, a identidade do acusado chamou atenção. Ele é o ex-policial civil que tentou invadir a escola Pedacinho do Céu, na Asa Norte, em fevereiro.
O homem conduzia uma van e foi notificado por excesso de passageiros, por deixar de usar o cinto de segurança e pelo transporte irregular. Como se tratou de uma contravenção penal e não crime, ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo exercício irregular de profissão e responderá em juízo.
Segundo o Centro de Comunicação da Polícia Militar, “o condutor é velho conhecido da PMDF por ter sido flagrado várias vezes fazendo transporte irregular”. Além disso, ele responde por diversos processos no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) como estupro, fazer a ex-namorada e a filha dela reféns, lesão corporal e ultraje público ao pudor, como mostrou o Correio em matéria de fevereiro.
Questionamento de sanidade
Em 2015, ele foi condenado por ato obsceno. Na ocasião, ele chegou em um ponto de ônibus, abordou duas adolescentes, abaixou as calças e perguntou para as vítimas: “viu como é grosso?”. Em sentença proferida no dia 24 de outubro do ano passado, a juíza Bianca Fernandes condenou o ex-policial a cinco meses de prisão e multa.
O ex-policial também é acusado de ter cometido estupro de vulnerável. Na última atualização do processo, o juiz da Vara Criminal do Núcleo Bandeirante disse haver dúvidas “acerca da capacidade de entendimento e de autodeterminação do acusado no tempo do crime”, e aventou a possibilidade de o réu sofrer de “insanidade mental”.