Quando fotografo, procuro sentir tudo que está a minha volta: as cores, as formas e, sobretudo, as pessoas”, conta o professor de fotografia para surdos Cristiano Carvalho. O sentimento do fotógrafo está presente na exposição fotográfica Som da esperança, que ganhou o nome da orquestra para crianças e jovens do Itapoã. A mostra fica aberta ao público de 23 a 30 de agosto, no Centro Cultural Cisfac.
Nela, os jovens músicos é que protagonizam a cena. “O cuidado com que cada um manuseava os instrumentos chamou minha atenção”, continua Carvalho. A exposição é fruto do trabalho dele e dos repórteres fotográficos Sérgio Seiffert e Sérgio Lima. Juntos, os amigos acompanharam durante três meses os ensaios da orquestra filarmônica infantojuvenil criada na Escola de Música Maestro Emílio de César, onde as aulas são de graça.
“Era um desejo dar visibilidade, por meio da fotografia, a projetos relevantes que, por muito tempo, ficaram restritos à sua localidade”, revela Lima. Dessa forma, as fotos trazem uma visão diferente das barreiras encontradas pelos alunos, que têm, na arte, uma alternativa para não entrar no mundo das drogas. “(Quero) Que a população conheça um pouco das pessoas daquela comunidade que tem oportunidade de encontrar, na música, uma forma de mudar suas histórias de vida”, acredita o professor de fotografia.
“O trabalho foi, sem dúvida, muito gratificante para cada um de nós. É possível mudar histórias de vidas com pequenos atos de dedicação”, completa Lima. O que também inspirou Seiffert, um dos idealizadores, foi poder “somar no trabalho do dia a dia do Cisfac”. A mostra Som da esperança conta com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF).
Serviço
Som da esperança
Centro Cultural Cisfac (Q. 1, cj. G, lt. 76, Fazendinha, Itapoã). De 23 a 30 de agosto, com inauguração nesta sexta-feira (23/8), às 20h. Entrada franca. Classificação indicativa livre.