Uma queda muito acentuada da atividade do Sol está surpreendendo e preocupando cientistas por todo o mundo. No entanto, não será a primeira vez que isso acontece: a estrela pode estar entrando em um período conhecido como o Mínimo de Maunder, evento que aconteceu no século 17.
O fenômeno criou invernos muito mais frios e severos do que o normal e ganhou o apelido de “pequena era do gelo”
A calmaria solar é desconcertante para os cientistas, porque os estudiosos aguardavam que o Sol estivesse inundado com atividade. Recentemente, a estrela atingiu o seu “máximo solar”, ponto de seu ciclo de 11 anos onde sua atividade deveria atingir o auge
O que significa que o Sol deveria estar como uma bola gigante de plasma com manchas e constantes explosões com chamas – além de expelir enormes nuvens de partículas carregadas para o espaço na forma de ejeções de massa coronal
A queda na atividade está acontecendo com uma rapidez surpreendente. Os cientistas estão acompanhando de perto para ver se ele vai continuar a cair e quais são as possíveis reações para o planeta. Essa “soneca do Sol” está intrigando os cientistas com sua tranquilidade, já que o esperado era exatamente o contrário.
No século 17, uma época de inatividade solar coincidiu com um longo período de invernos muito frios na Europa. Especialistas acreditam que esse efeito regional poderia ter sido impulsionado pela escassez de atividade no Sol, e pode acontecer de novo, se a estrela continua a diminuir.
— É um tema de pesquisa muito ativa no momento, acho que há relação com esse mecanismo na Europa, onde devemos esperar invernos mais frios, quando a atividade solar é baixa.Outra fonte consultada pela BBC, o doutor Lucie Greem, do Laboratório de Ciência Espacial Mullard, da Universidade College London, explica que isso pode significar que o Sol está adormecendo.
— Quando uma estrela se torna muito inativa, pode significar que o Sol está adormecendo… Como uma bola dormente de gás no centro do nosso Sistema Solar