Com a contratação de Felipe Ximenes para comandar o departamento de futebol das Laranjeiras, o Fluminense volta suas atenções para o substituto do técnico Dorival Júnior. Após o julgamento que puniu Portuguesa e Flamengo com aperda de quatro pontos no Campeonato Brasileiro, e acabou beneficiando o Tricolor com a permanência na Série A (ainda cabe recurso), os dirigentes puderam focar apenas na reformulação da equipe para a temporada 2014. E o objetivo principal do momento é anunciar o novo treinador ainda nessa semana. Os principais nomes na disputa são Ney Franco, atualmente no Vitória, e Renato Gaúcho, ex-Grêmio. Tite corre por fora.
Renato, como de costume, é o desejo de Celso Barros, presidente da patrocinadora do clube. O mandatário da Unimed tenta impor a contratação do comandante do Fluminense na campanha do vice-campeonato da Libertadores de 2008, mas a diretoria é contra. Ximenes e o presidente Peter Siemsen preferem Ney Franco, que tem contrato com o Vitória até dezembro de 2014. Tite, que recentemente deixou o Corinthians, também é uma opção.
O enredo é parecido com o que foi visto nas Laranjeiras após a demissão de Abel em julho passado. Daquela vez, no entanto, a diretoria aceitou a contratação de Vanderlei Luxemburgo por imposição de Celso e se arrependeu. Coincidentemente, Ney Franco também era uma das opções naquela ocasião. Agora, a diretoria cogita acertar com Ney mesmo sem a participação do patrocinador no pagamento do salário. A contratação de Ximenes, que assinou por dois anos, foi feita nesse molde.
– Não podemos e não queremos correr riscos em 2014. O Fluminense vai ser fiscalizado a cada metro depois do erro da Portuguesa e da possível volta à Série A. Precisamos de uma equipe que se entenda e seja competente – resumiu uma pessoa ligada à diretoria tricolor.
Só após a contratação do novo treinador é que a reformulação do elenco será realizada. No entanto, é praticamente certo que os jogadores que ficam sem contrato no fim de dezembro serão liberados: caso do zagueiro Anderson, do volante Edinho, do meia Felipe e do atacante Marcelinho. Rhayner, por exemplo, deixou o clube antes mesmo do fim do Brasileirão.