Igual a faixa de pedestre. É assim que o Governo do Distrito Federal quer que a população se conscientize para a importância da coleta seletiva no cotidiano dos brasilienses, a partir da próxima segunda-feira (17). O anúncio, realizado ontem (10) pelo governador Agnelo Queiroz, é a primeira etapa para desativar o Lixão da Estrutural, além de implementar uma das políticas públicas de Meio Ambiente no DF.
A ação abrangerá as áreas urbanas e rurais em todas as 31 Regiões Administrativas do DF. E, neste primeiro momento, o trabalho será de mudar o comportamento das pessoas e conscientizar sobre o funcionamento da coleta seletiva.
De acordo com o diretor-geral do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Gastão Ramos, todas as regiões seguirão um padrão, mesmo que em cinco regiões, como Brazlândia e Cruzeiro, já existam esse tipo de iniciativa. “O único trabalho que a população terá é o de separar o lixo seco do orgânico. Quero que a coleta seletiva no DF seja referência como é a faixa de pedestre”, afirmou.
O diretor disse que a política de resíduos sólidos do DF baseia-se essencialmente no fechamento do Lixão da Estrutural. Segundo Ramos, o governo trabalha com três pilares, que é a implantação da coleta seletiva, a construção do primeiro aterro sanitário do DF, que deverá ficar pronto até o final do mês que vem, e a construção dos centros de triagem, que estão em obras.
Como na faixa de pedestre, aqueles que desrespeitarem o ação, poderão sofrer sanções, como multa. “Ainda não há nenhuma penalidade sobre a coleta seletiva”, afirmou Gastão. “Ninguém será punido nesse primeiro momento”, completou o governador Agnelo.
Os caminhões responsáveis pela coleta seletiva passarão em dias e horários alternados da coleta convencional, em cronograma que será divulgado até quarta-feira (12) no site do SLU.
O governador anunciou ainda que o DF tem a meta de reciclar 15% do lixo seco recolhido no período de um ano após a implantação do novo sistema. “Curitiba, que foi pioneira nesse processo no Brasil, consegue chegar a 21%. Portanto, sabemos que é um grande desafio. Mas contamos com a conscientização da nossa população, que é parte fundamental nesse processo.”
Para a coordenadora da Associação Recicla a Vida, Mônica Mendes, os catadores eram discriminados pela sociedade e agora estão sendo reconhecidos pelo governo, que entregará 100% do lixo seco às cooperativas. “Com essa iniciativa, teremos um local digno para trabalhar e cuidar dessa riqueza, que é o lixo, de onde centenas de famílias tiram o seu sustento”, pontuou.