O Governo do Distrito Federal reabriu o canal de negociações com associações representativas dos policiais e bombeiros militares para tentar encerrar a crise na segurança pública. O diálogo tem sido realizado por meio do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anderson Carlos de Castro, que se reporta diretamente à equipe de planejamento do Executivo e ao governador Agnelo Queiroz (PT).
O entendimento do Executivo é de que nos últimos dias as duas categorias voltaram ao trabalho, com algumas exceções envolvendo policiais incitados pelo jogo político. “Retomamos um estudo para que possamos apresentar uma possibilidade concreta para corrigir distorções do passado na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros e resgatar a importância das instituições”, disse Agnelo ao Correio.
Além de conversar com líderes do movimento de reivindicação da PM e dos Bombeiros, integrantes do governo do DF precisam do aval da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff. Qualquer aumento salarial na área de segurança pública deve ser autorizado por lei aprovada no Congresso Nacional. O diálogo também é feito na esfera federal.
Nos diálogos com os líderes dos movimentos, o comandante-geral da PM tem elencado benefícios já concedidos para a classe, como reajuste de 15,8% em três anos, aumento do auxílio-alimentação, ampliação do valor pago e do número de horas-extras, além de 16 mil promoções, sendo 14 mil de praças e duas mil de oficiais. “Já fizemos muito pela Polícia Militar. Entregamos 1.250 viaturas, reformamos quartéis e investimos em equipamentos e tecnologia, além de outros importantes benefícios”, enumerou Agnelo. “Quando assumi, a folha de pagamentos da PM custava R$ 1,5 bilhão. Hoje, chegamos a R$ 2,18 bilhões. Temos feito muito pela nossa polícia, por mais que a luta política tente negar”, acrescentou o governador.