Parece que não são só usuários mais descuidados que estão tomando tombos com patinetes elétricos. A Lime, gigante dos patinetes, caminha para uma baita queda em 2019. Segundo o site The Information, a empresa deverá ter um prejuízo de US$ 300 milhões no ano – mesmo registrando receita de US$ 420 milhões.
As perdas se devem principalmente a depreciação dos patinetes, que têm vida útil de cinco meses em média. Além disso, os custos para manter os galpões usados para abrigar e reparar os equipamentos também entram na conta do prejuízo.
Para se manter de pé, a empresa, porém, projeta receita de US$ 1 bilhão em 2020. Ela também planeja atingir o equilíbrio aumentando a resistência da próxima geração dos patinetes, o que cortaria pela metade as perdas operacionais.
Joe Kraus, presidente da Lime, disse ao The Information que espera atingir resistência de mais de um ano com a terceira geração das patinetes. “Esse negócio se apresenta materialmente diferente em 2020. Um veículo mais resistente tem efeito de harmonia nos custos do negócio”, disse ele à publicação
Outras medidas para aumentar a receita seriam posicionar os patinetes em área de tráfego intenso e encontrar formas mais velozes de substituir as baterias.
Em julho, a Lime chegou ao Brasil, iniciando operações em São Paulo e Rio de Janeiro, aumentando a competição com a Grow, controladora da Yellow e da Grin.
A saúde financeiras da companhia vem preocupando investidores que se preparam para um novo aporte de US$ 500 milhões na companhia. A desconfiança faz sentido: depois de performances sofríveis de Lyft e Uber na Bolsa, e do fracasso da abertura de capital do WeWork, os donos do dinheiro estão mais cautelosos em relação à startups da economia compartilhada.