O governo federal anunciou nesta quarta-feira (21/08) o plano para privatizar nove estatais. Além dos Correios, o que já era esperado, a proposta inclui a Telecomunicação Brasileiras S/A (Telebras) e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev).
O anúncio foi feito após uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e representantes do conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). Cabe agora ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), fazer uma análise sobre a viabilidade das privatizações.
A análise indicará se há condições de mercado para concretizar as privatizações. O estudo servirá de base para o BNDES indicar se recomenda ou não a venda ou mesmo se sugere a extinção da estatal.
O plano do governo prevê também a privatização da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), da Empresa Gestora de Ativos (Emgea), do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF).
O governo espera arrecadar mais de 2 trilhões de reais com todas as empresas que pretende vender.
O anúncio da privatização dos Correios já era esperado. O governo alega ineficiência, greves, corrupção, rombos no fundo de pensão e no plano de saúde da estatal e interferências políticas na gestão da empresa para justificar a venda.
Vinculados ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, os Correios possuem agências em mais de 5 mil municípios.
Para as privatizações se concretizarem, o Congresso, porém, precisa dar o aval para as vendas, conforme estabeleceu o Supremo Tribunal Federal (STF) em junho.