Pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) traz, nesta quarta-feira (24/4), novos dados sobre a avaliação do governo Bolsonaro. Quando pedidos para avaliar a gestão de Bolsonaro, 35% disseram considerá-la “boa” ou “ótima”; 31%, “regular”; e 27% “ruim” ou “péssima”.
O estudo, divulgado nesta quarta-feira (24/4), mostra ainda que 51% dos brasileiros aprovam a maneira de o presidente Jair Bolsonaro governar. O índice dos que disseram desaprovar é de 41%, enquanto 9% não souberam responder.
Comparação com março
O novo estudo foi realizado entre 12 a 15 de abril com 2 mil pessoas, em 126 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Segundo o Ibope, foi usada a mesma metodologia de uma pesquisa divulgada em março, quando 34% dos brasileiros consideravam o governo “bom” ou “ótimo” e 24% consideravam a gestão atual “ruim” ou “péssima”.
A taxa de popularidade do governo (índice dos que consideram a gestão boa ou ótima) é a quinta mais elevada, quando comparada à do primeiro trimestre de nove mandatos, desde 1990.
De acordo com a CNI, a atual gestão é mais bem avaliada que a de Itamar Franco (34%), o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (22%), o de Michel Temer (14%), e o segundo mandato de Dilma Rousseff (12%).
Por outro lado, é inferior ao primeiro governo de FHC (41%), ao de Fernando Collor (45%), e aos dos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, de 51% e 49% respectivamente.
Confiança
A confiança no governo Bolsonaro também é de mais da metade da população (51%). Contudo, 45% não confiam no presidente. Outros 4% dos que responderam a pesquisa não souberam ou preferiram não responder esse questionamento. A perspectiva de que o governo se mantenha como ótimo pelo resto do mandato foi de 13%. Outros 15% entendem que o governo deve piorar daqui para frente.
Áreas de atuação
De nove áreas de atuação do governo, quatro apresentam taxas de aprovação superior às de reprovação. As mais bem avaliadas são segurança pública, que está aprovada por 57% dos entrevistados, seguida por educação (51%), meio ambiente (48%), combate à inflação (47%). Entre as mais reprovadas estão: taxa de juros (57%), impostos (56%), combate ao desemprego (49%), combate à fome e a pobreza (47%).
Recorte por gênero
O percentual de mulheres que avaliam o governo como ótimo foi de 8%, três pontos percentuais menor do que a dos homens (11%). Entre as mulheres, é maior o índice que consideram o governo péssimo (21%, três pontos a mais que os homens).
A perspectiva de que o governo se mantenha como ótimo pelo resto do mandato foi de 13%. Outros 15% entendem que o governo deve piorar daqui para frente. Há maior otimismo entre os entrevistados com renda familiar acima de cinco salários mínimos. Entre eles, 53% acreditam que o restante da gestão será ótima ou boa.