Categoria está paralisada desde 13 de março.
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou nesta sexta-feira (20) que vai descontar o salário dos dias não trabalhados de servidores do Detran do Distrito Federal. A categoria está em greve desde 13 de março.
“Nossa determinação é de promover o corte de ponto dos servidores que não estiverem trabalhando.”
Ele também disse considerar a greve “inadmissível”. As declarações foram dadas durante a inauguração da primeira central de quimioterapia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Segundo ele, foi tentado negociar com o sindicato, sem sucesso.
Por telefone, o porta-voz do Sindicato do Detran, Fábio Medeiros, criticou a ordem de Rollemberg. “O governo continua intransigente e nos respondeu que não vai atender a nenhum item da pauta, mostrando total descaso com o Detran e a população.”
“Hoje vamos avaliar se continuamos ou não com a greve, em assembleia que acontece agora pela manhã. A Justiça ainda nem decretou a ilegalidade da greve, e essa atitude do governo é uma atitude arbitrária. Nossa pauta vai além dos ajustes financeiros, buscamos também por ajustes administrativos.”
A greve
Os servidores do Detran buscam reajuste de 10% no auxílio-alimentação e regulamentação da jornada de trabalho em lei para cumprir 30 horas semanais.
Como consequência, nenhuma das 16 unidades do órgão está funcionando. A estimativa é de que a greve afeta 10 mil pessoas que buscam atendimento e 1,6 mil vistorias deixam de ser feitas todos os dias.
Uma decisão liminar (provisória) do Tribunal de Justiça do DF determinou que 80% do efetivo de servidores permaneçam trabalhando, estabelecendo multa diária de R$ 300 mil em caso de descumprimento. A determinação vale até que a Corte decida sobre a ilegalidade ou abusividade da greve.