Manifestantes vestiam camisetas vermelhas e bonés da CUT e do FNL. Eles exibiram faixa com mensagem contra o pagamento da dívida pública.
Representantes de movimentos sociais ocuparam a frente do Banco Central, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (31). Vestidos de vermelho e com bonés da Central Única de Trabalhadores (CUT) e da Frente Nacional de Luta (FNL), eles exibiram faixas repudiando o pagamento da dívida pública. Eles também pediam reforma agrária e liberação de verbas para a construção de moradias.
A Polícia Militar informou que pelo menos 250 pessoas estavam no local por volta de 8h15. O grupo não barrava a entrada de servidores do órgão. Os representantes dos movimentos não quiseram falar com a imprensa.
A dívida pública federal, o que inclui os endividamentos no país e no exterior, teve aumento recorde de 21,7% no ano passado, para R$ 2,79 trilhões, segundo números divulgados da Secretaria do Tesouro Nacional. Ela é a contraída para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como externa.
Ainda segundo a PM, o grupo se reuniu inicialmente no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha. Os manifestantes chegaram em sete ônibus. De lá, seguiram a pé pela Esplanada dos Ministérios ocupando uma faixa da via S1 do Eixo Monumental. Muitos deles carregavam colchões e panelas. Também havia crianças no grupo.