Medida visa a acalmar os motoristas de táxi, que protestaram na semana passada após a liberação do aplicativo Uber
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), autorizou funcionários da Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico a usarem os táxis pretos ao invés de veículos alugados e de representação (ou seja, os oficiais). O decreto que dá prioridade ao uso da nova modalidade de táxis foi publicado na edição do último sábado do Diário Oficial da Cidade. A medida visa a agradar os taxistas, que pararam a cidade de São Paulo na passada em protesto à liberação do aplicativo Uber.
Os táxis pretos foram criados em outubro de 2105. Assim como a Uber, o táxi preto é obrigatoriamente chamado por meio de aplicativo de celular e só pode ser prestado por veículos de alto padrão, com ar condicionado e bancos de couro, com menos de cinco anos de uso. Os motoristas dessa nova categoria de táxi estão entre os que mais protestaram contra a regulamentação dos aplicativos.
A principal reivindicação desses taxistas é que eles precisaram pagar à prefeitura 60.000 reais na outorga na época em que o prefeito anunciou a novidade. Eles dizem que a Uber é uma concorrência desleal, uma vez que a empresa não paga as mesmas taxas à administração municipal.
No decreto publicado no último dia 14, Haddad considerou “os princípios da eficiência e economicidade, que devem pautar toda a atuação da administração pública” e a “a possibilidade de controle, avaliação e auditoria do serviço eventualmente prestado”. A “experiência piloto” vai vigorar durante três meses, sendo que, depois desse prazo, a secretaria deve decidir se quer continuar usando os táxis pretos ou não. Além disso, o experimento pode se estender a outras pastas municipais.