Mas quem quiser fazer um bom negócio precisa ficar atento para o preço das peças de reposição
A Polícia Rodoviária Federal realiza na manhã de hoje um leilão com 110 lotes de itens diversos — caminhões, carros, motos, bafômetros e sucatas eletrônicas. O evento será na sede do órgão, em Brasília, e a expectativa da corporação é a de arrecadar R$ 1 milhão com as vendas. Seria mais um leilão comum se não houvesse entre os bens a serem leiloados 16 motos da Harley Davidson fabricadas entre 2004 e 2008, com valores bem inferiores ao de mercado. Os lances iniciais são de R$ 7,5 mil a R$ 13 mil. Pela Tabela Fipe, similares valem de R$ 32,4 mil a R$ 39,4 mil.
No domingo e ontem, a PRF abriu a garagem para os interessados conhecerem as peças leiloadas. As grandes atrações eram as Harley Davidson. O agricultor Erlei Preto, 66 anos, e o filho, Élio Preto, 30, são colecionadores da marca e estiveram na PRF para analisar as motos. Eles costumam ir a leilões para conseguir os exemplares. Erlei e Élio checaram veículo por veículo e anotaram quais os modelos estavam em melhores condições e quanto teriam que desembolsar para deixá-las em bom estado.
“Depois que a gente compra no leilão, começa a fase de garimpar as peças que faltam e o que precisa ser consertado. Além de as peças não serem fáceis de achar, elas são caras. Mas a Harley é uma paixão”, comenta Élio. Para Erlei, é preciso conhecer bem de moto para não fazer mau negócio no leilão. “Às vezes, a pessoa não entende e compra errado. Por isso, venho antes. Em relação ao exemplar que eu mais gostei, é segredo, para ninguém me atrapalhar no leilão”, brinca.