Interdição na Esplanada foi reduzida no meio da manhã, quando havia cerca de 500 pessoas no local. Senado analisa em segundo turno proposta que limita gastos públicos nos próximos 20 anos.
Policiais militares detiveram ao menos duas pessoas, além de apreenderem bolinhas de gude, máscaras, estilete, canivete, vinagre e um escudo com a mensagem “+ amor, não à PEC”, durante bloqueio na área central de Brasília nesta terça-feira (13), quando ocorre a votação em segundo turno no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal nos próximos 20 anos. No meio da manhã, a interdição no trânsito – que acontecia entre a Rodoviária do Plano Piloto e a L4 Sul, nos dois sentidos do Eixo Monumental – foi reduzida e passou a começar na Catedral Metropolitana.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que dois movimentos populares comunicaram o interesse em realizar protestos hoje: a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central Sindical e Popular (CDP-Conlutas). O último espera reunir 2 mil pessoas no local. Pela manhã já havia 500 pessoas na Esplanada dos Ministérios.
Durante a interdição, a recomendação é para que os motoristas utilizem as vias N2 e S2, que são paralelas ao Eixo Monumental e passam por trás dos anexos. Além do esquema especial no trânsito, policiais militares vão fazer revistas pessoais nos manifestantes e em passageiros dos ônibus que vão desembarcar na região. Objetos cortantes e inflamáveis, pedaços de madeira e pedras, além de máscaras, estão proibidos.
Os manifestantes só poderão ocupar o gramado central da Esplanada. Ao longo de toda a Esplanada, o trânsito de veículos no Eixo Monumental fica reservado a veículos oficiais e profissionais de segurança. O trecho só será liberado para os motoristas duas horas após o fim da manifestação – possivelmente, no fim da noite.
O efetivo da Polícia Militar que vai estar na Esplanada pode chegar a 2 mil homens e mulheres. Cerca de 60 bombeiros militares e 20 agentes do Detran também estarão de prontidão no local.
PEC do teto
Nesta terça, o Senado deve votar em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que pode congelar os gastos públicos do país pelos próximos 20 anos. Os atos previstos para esta terça foram convocados pela internet, por entidades que fazem oposição ao atual governo.
Pelo texto da PEC, se um poder desrespeitar o limite de gastos sofrerá, no ano seguinte, algumas sanções, como ficar proibido de fazer concurso público ou conceder reajuste a servidores.
Inicialmente, os investimentos em saúde e em educação entrariam no teto já em 2017, mas, diante da repercussão negativa da medida e da pressão de parlamentares aliados, o governo concordou em fazer com que essas duas áreas só se enquadrem nas regras a partir de 2018.