Terceirizada que cuida da caldeira da unidade paralisou serviço no dia 4. Pagamento à empresa foi feito e procedimento normalizado, diz Saúde.
Cirurgias agendadas no Hospital Regional do Paranoá, no Distrito Federal, tiveram de ser adiadas no início do mês por falta de trajes limpos e esterilizados para os médicos. A empresa que presta serviço de manutenção nas caldeiras não foi paga em dia e suspendeu a atividade, impedindo o uso da lavanderia. Segundo o governo, a situação já foi resolvida.
A técnica em enfermagem Maria Lima conta que tinha um procedimento na coluna marcado para a última quinta-feira (4), mas teve de esperar um dia a mais por conta do problema.
A cirurgia que Maria precisava fazer é a artrodese, que liga os ossos que perderam cartilagem com parafusos para que o paciente não sinta dor. Ela teve de entrar na Justiça no ano passado para tentar garantir o procedimento, após ser informada que havia 700 pessoas na fila do procedimento.
“Nós que somos trabalhadores da rede de saúde temos que entrar com um processo na Justiça para garantir que uma cirurgia, que é direito nosso, seja feita”, disse.
A cirurgia foi autorizada pela Justiça no mês passado e seria feita na última quinta (4). Sem roupas limpas para cirurgiões, enfermeiros e anestesistas, a paciente precisou aguardar mais um dia e repetir a rotina do pré-operatório.
“Eu fiquei desesperada porque estava esperando pela cirurgia há muito tempo. No dia seguinte eles me chamaram e fizeram o procedimento”. A paciente recebeu alta na manhã desta terça (9) e está se recuperando da colocação dos parafusos. Segundo a Secretaria de Saúde, ela receberá acompanhamento pós-cirúrgico normalmente.