Acusada de triplo homicídio, Adriana Villela deve ser interrogada no Tribunal do Júri de Brasília nesta terça-feira (1º/10). A oitiva (ato de escultar a versão) da ré estava marcada para esta segunda-feira (30/9), entretanto, a apresentação das peças da acusação e da defesa tomou todo o dia. O início da oitiva está marcado para às 8h.
O julgamento contabiliza mais de 80 horas e é o mais longo registrado na história do Distrito Federal, segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Nesta terça, defesa e acusação apresentaram material contido nos autos, como depoimento dos três condenados, áudio de testemunhas e cartas precatórias de pessoas que não puderam comparecer ao júri.
Os promotores do Ministério Público decidiram exibir um vídeo onde Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio da 113 Sul e um dos três condenados pelos assassinatos, participa da reconstituição do dia do crime com agentes da Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida), divisão à frente do caso na época.
As imagens exibem Leonardo circulando pela Asa Sul e mostrando a rota que percorreu com os comparsas para assassinar a família Villela. Em um momento do vídeo, ele aponta a parada de ônibus onde supostamente encontrou Adriana, que teria entregado o pagamento para o trio, um total de 27 mil dólares.
Mesmo com o vídeo, a defesa de Adriana ressalta que as acusações de Leonardo são inconsistentes. “Ele prestou 16 depoimentos. No primeiro, deu detalhes da cena do crime. Não temos nenhuma preocupação. Temos uma prova cabal de onde Adriana esteve no dia do crime“, ressaltou um dos advogados da ré, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.