Litro da gasolina gira em torno de R$ 3,85 em 81% dos estabelecimentos visitados no DF e o do álcool, em R$ 3,49 para 67% dos casos, sugerindo formação de cartel. Variação de apenas R$ 0,01 serve para camuflar combinação
Apesar da intervenção do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na empresa Cascol, há indícios de que postos de combustíveis do Distrito Federal continuam combinando preços, o que, se comprovado, configura crime de formação de cartel. Pesquisa realizada pelo Correio em 21 postos na terça-feira e ontem constatou que 14 estabelecimentos mantêm preço idêntico para a gasolina. Em 13 deles, o valor do álcool também é o mesmo.
Há 17 postos com valores de gasolina similares num universo de 21 estabelecimentos, 81% do total: em 14 deles o litro é vendido a R$ 3,85 e em três, a R$ 3,84. No caso do etanol, são 14 estabelecimentos com similaridade, ou 67%. Em 13 deles, o litro do álcool hidratado está em R$ 3,49. Em um posto, a R$ 3,48.
O Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) não respondeu se identifica a existência de cartel nem o que faz para coibir a venda de combustível com preços iguais. O Cade afirmou que incentiva postos a estabelecer os valores de forma independente, em ambiente de livre concorrência. O órgão comunicou que monitora o mercado de combustíveis no DF.