O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções já eram de 3,75% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,60% em 2019, 3,90% em 2020 e 3,90% em 2021. Elas constaram no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de junho.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 passou de 3,72% para 3,87%. Para 2020, a estimativa do Top 5 passou de 4,00% para 3,81%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,84% e 4,00%, nesta ordem.
No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, número igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 também ficou em 3,75%, também igual a quatro semanas antes
Últimos 5 dias
A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 3,80% para 3,78%. Houve 44 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,83%.
No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,98% para 3,85%. Há um mês, estava em 3,99%. A atualização no Focus foi feita por 43 instituições.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA em julho de 2019 em alta de 0,20%. Um mês antes, o porcentual projetado já indicava inflação de 0,20%.
Para agosto, a projeção no Focus seguiu em alta de 0,11% e, para setembro, permaneceu em elevação de 0,25%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,12% e 0,25%, respectivamente.
O IPCA fechou junho com alta de 0,01%, de acordo com dados anunciados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Focus divulgado nesta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses passou de 3,68% para 3,71% de uma semana para outra – há um mês, estava em 3,57%.
Preços administrados
O relatório do BC indicou, ainda, manutenção na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano continuou em alta de 5,00%. Para 2020, a mediana passou de alta de 4,40% para elevação de 4,46%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,20% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,40% em 2020.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,90% em 2019 e 4,60% em 2020.
Outros índices
O Focus também mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2019 passou de alta de 6,59% para elevação de 6,56%. Há um mês, estava em 5,98%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,10% para elevação de 4,13%, ante 4,10% de quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.