Promotores formalizaram duas novas denúncias contra o médium, réu em outras duas ações por violação sexual e estupro de vulnerável. Preso desde 16 de dezembro, ele nega as acusações.
O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) apresentou nesta quinta-feira (24/1) duas novas denúncias contra João Teixeira de Faria, o João de Deus. O médium está preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia desde 16 de dezembro por abusos sexuais cometidos contra mulheres em atendimentos espirituais. Ele se entregou à polícia, mas nega as acusações.
De acordo com o MPGO, as denúncias apresentadas nesta quinta-feira são por estupro de vulnerável e porte ilegal de arma de fogo. No primeiro caso, cinco vítimas foram identificadas, sendo quatro de São Paulo e uma do Distrito Federal. Os abusos ocorreram entre março de 2010 e julho de 2016.
Dentro dessa ação, o filho de João de Deus, Sandro Teixeira de Oliveira também responde por coação no curso do processo e corrupção ativa de testemunha. Segundo a investigação do MP, na época do crime, uma das vítimas ia prestar boletim de ocorrência, acompanhada de uma testemunha. Sandro, no entanto, ofereceu uma vantagem indevida em pedras preciosas para que a testemunha não desse continuidade às denúncias. A estimativa é que as pedras tenham valor aproximado em R$ 15 mil.
Além disso, o MP também ofereceu uma segunda denúncia por porte ilegal de arma de uso permitido e porte ilegal de arma de uso restrito. Nessa ação, a eposa de João de Deus, Ana Keyla Teixeira, também é ré. Há um novo pedido de prisão ao médium.
“A existência de um decreto prisional já confirmado não retira a necessidade de novas ordens de prisão. Os fatos são tratados individualmente e as circunstâncias particulares em cada denúncia oferecida que justificam esse novo decreto”, explicou a promotra de Justiça Gabriella Clementino.
João de Deus já é réu em outras duas ações por violência sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. Ele também foi indiciado por posse ilegal de armas. Na manhã de terça-feira (22/1), os promotores Gabriella Queiroz e Paulo Penna Prado foram até o Complexo Penitenciária Aparecida de Goiânia para interrogá-lo. O depoimento serviu de embasamento para a nova denúncia.
A estimativa é de que a Força-Tarefa do Ministério Público, goiano tenha recebido mais de 300 relatos de vítimas. Fonte: Correio Braziliense