Preso desde 1º de abril, professor de jiu-jítsu negava acusações.
Menino de 1 ano e 11 meses morreu em 2014, após dois dias no hospital.
O Tribunal do Júri de Taguatinga, no Distrito Federal, condenou a 22 anos e 8 meses de prisão o professor de jiu-jítsu Daryell Dickson Menezes Xavier, acusado de espancar e matar o enteado de 1 ano e 11 meses. A sessão começou por volta de 9h desta terça (17) e terminou na madrugada desta quarta-feira (18).
Xavier foi denunciado pelo Ministério Público após a morte do bebê, ocorrida em 29 de abril de 2014. A criança havia sido internada dois dias antes no Hospital Anchieta, com lesão na cabeça após supostamente ter caído da cama. Os médicos constataram que os ferimentos não eram compatíveis com os de uma queda e acionaram a polícia.
De acordo com a delegada da 38ª DP, Tânia Soares, um dos indícios contra o acusado foi a ausência dele no velório e enterro de Miguel Estrela.
“A ação de traumatismo foi contundente e a força exercida foi muito grande. Só uma pessoa com porte grande e conhecimento de técnicas, como o padrasto, que era lutador de jiu-jitsu, saberia dar”, disse ainda.
O professor de jiu-jítsu se apresentou à polícia dois dias após a morte, quando já era considerado foragido. Ele se recusou a falar durante o depoimento, mas negou todas as acusações.
Para o MP, o crime foi praticado por motivo fútil, de forma cruel e com uso de recursos que impossibilitavam a defesa do bebê. O processo correu em segredo de Justiça.
g1