Blocos de rua que saíram neste sábado (18) e domingo (19) acumularam mais de 3 mil latas. Foliões usaram contêineres para descartar material.
te fim de semana, quatro blocos de rua do Distrito Federal acumularam, juntos, 3.652 latas de cerveja que foram repassadas à cooperativa Recicle a Vida, em Ceilândia. As latas foram depositadas pelos próprios foliões em três contairens da Ambev e somaram 220 kg de alumínio.
Os containers de coleta fazem parte da ação de carnaval da empresa que injetou R$ 1,5 milhão no carnaval de rua do DF. Nas caçambas, os foliões podiam descartar cinco latinhas por vez. Um amassador ajudava na tarefa de aproveitar o espaço.
Os blocos que receberam patrocínio da empresa neste fim de semana foram o Cafuçu do Cerrado, Galo Cego, Samba do Peleja e Falta Pouco.
A cooperativa Recicle a Vida foi contratada para buscar as latas e fazer a separação do material que, depois, será vendido a empresas de reciclagem.
“O bom dessa parceria é que nós fomos contratados para prestar um serviço em que somos profissionais”, diz o presidente da associação, Cleusimar Andrade.
O valor adquirido com a venda das latas será rateado entre os 70 catadores associados à cooperativa. Como o quilo do alumínio vale R$ 3, o valor total será de R$ 660. No fim de semana passado, somente no bloco Suvaco da Asa, foram recolhidas 119 kg de alumínio, o que rendeu R$ 357 aos catadores.
De acordo com Andrade, além do contrato de coleta, os catadores receberam kits com luvas, colete de identificação, sacola e chapéu.
“A gente trouxe mais um monte de coisa que não era lata, mas que dá dinheiro.”
Nos dois dias de evento, oito catadores coletaram 180 kg de garrafas pet – vendidas a R$ 2 o quilo – e 300 kg de plásticos de embalagens – vendidos a R$ 1,60 o quilo.
“É preciso tirar da cabeça das pessoas a ideia de que somos coitadinhos, miseráveis. De que é só dar as latinhas da rua pra gente catar que está nos pagando muito bem”, finalizou Andrade, que trabalha com reciclagem há mais de 10 anos.