O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder da oposição no Congresso Nacional, ingressou com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra 10 autoridades do governo federal. Ele acusa os governistas de terem adiado, para o período posterior às eleições, a divulgação de dados que “desnudariam graves erros de planejamento e gestão”.
“De todas as atrocidades cometidas nesta eleição, a mais vexatória, sem dúvida, foi o governo impondo a órgãos técnicos uma mordaça para que a população não soubesse a real situação do país. Mais do que ninguém, eles sabiam como estavam fazendo um mau governo e como isso não podia ser revelado durante as eleições”, afirmou, em nota, o deputado.
A lista de autoridades acusadas por ele inclui ministros – como Guido Mantega (Fazenda), Clélio Campolina Diniz (Ciência, Tecnologia e Inovação), Izabella Mônica Vieira Teixeira (Meio Ambiente) e Edison Lobão (Minas e Energia) – e presidentes e diretores de agências, como Alexandre Tombini (Banco Central), Volney Zanardi Júnior (IBAMA), Leonel Fernando Perondi (INPE), Marcelo Côrtes Neri (Secretário Especial para Assuntos Estratégicos), Suarez Dillon Soares (IPEA) e Romeu Donizete Rufino (ANEEL).
Entre os dados supostamente maquiados pelo governo, segundo o democrata, estão “aumento da miséria no País, avanço do desmatamento na Amazônia, queda na arrecadação, alta dos juros e represamento do preço dos combustíveis pela Petrobras”. Para Caiado, os acusados devem responder pelo de Crime de Responsabilidade (1.079/50) e por Improbidade Administrativa (8.429/92).