A briga pela exploração das taxas na fila do táxi do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek ganhou mais um capítulo na Justiça. Uma liminar do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal (Sinpetaxi) garantiu a permanência da sede e do ponto de apoio no terreno milionário que pertence à Inframérica. A decisão temporária é do desembargador federal Jirair Aram Meguerian, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Na manhã desta quinta-feira (13/8), fiscais chegaram a lacrar o prédio do sindicato, e motoristas começaram a usar um novo ponto de apoio, provisório, garantido por uma portaria do GDF, em outro terreno do aeroporto. Mas o governador Rodrigo Rollemberg cancelou a determinação após a decisão judicial, ainda que o GDF não tivesse sido comunicado oficialmente sobre o entendimento do magistrado.
A presidente do Sinpetaxi, Maria do Bonfim Oliveira, a Mariazinha, descreveu o ponto alternativo como um descampado sem infraestrutura para os motoristas, mas a reportagem esteve no local com um funcionário da Inframérica e constatou que há área coberta, restaurante, banheiro feminino com dois chuveiros e masculino com 16.
O gerente comercial da Inframérica, Caio Marcelo Cunha, é o responsável por preparar o novo local de apoio. Lá, taxistas pegam senhas e aguardam a vez para ocupar a fila que fica no terminal principal. A briga entre o sindicato e a administradora do aeroporto se arrasta desde 2009. A área servirá para a expansão do aeroporto. Segundo Cunha, o sindicato não pagava sequer um aluguel pelo terreno, que tem posto de combustível, banheiros, oficinas, restaurante e a área administrativa. “Eles ficarão lá por 120 dias, até que o governo prepare um novo ponto de apoio, em um terreno limítrofe ao do aeroporto. Manteremos um sistema de filas parecido”, adiantou