Um atraso na circulação de trens do metrô em Ceilândia Centro terminou em confusão na Avenida Hélio Prates, nesta quarta-feira (9/4). Segundo o Sindicato dos Metroviários, a manifestação começou após um trem quebrar na estação, por volta de 7h40. Alguns passageiros esperavam no local desde às 6h.
O sindicato informou, ainda, que a primeira composição que estava programada para circular pegou fogo também em Ceilândia e não pôde concluir o itinerário. O segundo trem, chegou a parar na estação, mas não conseguiu fechar as portas. Nesse momento, os passageiros de revoltaram e começaram a quebrar o vagão. Pegaram extintores, destruíram os vidros e jogaram pó químico na cabine do piloto.
Devido ao grande número de pessoas, os vigilantes tiveram que acionar o Batalhão de Choque da Polícia Militar. Revoltados, o grupo saiu do metrô e seguiu em direção a avenida Hélio Prates, que fica em frente a estação. Eles fecharam a via em dois pontos, sentido Estrutural. A polícia tenta dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral. Ao menos cinco manifestantes foram detidos. A população vaia a ação da polícia.
Mais cedo uma reapresentante do Sindicato dos Metroviários foi detida ao tentar entrar na sala de controle do Metrô-DF, em Águas Claras. A representante do sindicato alegou que foi agredida por vigilantes, registrou ocorrência e seguiu para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo e delito.
Segundo o sindicato, a mulher teria recebido uma denúncia informando que seriam disponibilizados 16 trens nesta quarta-feira, contrariando a determinação da greve de circular apenas com sete ou oito trens. O sindicato alegou que algumas dessas composições que seriam colocadas em circulação estavam com defeito, e outras seriam pilotadas por funcionários da manutenção, que não têm qualificação para conduzir o trem. O sindicato salientou que a manutenção preventiva não é feita há meses, pois não há fiscalização.