Uma menina ianomâmi, de 12 anos, morreu após ser estuprada por garimpeiros na região do Palimiú, em Roraima. De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, os garimpeiros invadiram a comunidade e violentaram a adolescente.
Segundo ele, além da menina que morreu, outra criança ianomâmi, de cerca de três anos, desapareceu ao cair no rio Uraricoera. De acordo com ele, a Polícia Federal e o Exército foram informados sobre a invasão. “Estávamos na Comunidade Arakaça e alguns garimpeiros invadiram levando-a juntamente com o filho da sua tia com idade entre dois a três anos de idade, para um barco, e que lá a violentaram causando o seu óbito e que a criança escorregou e caiu do barco sem que fosse prestado socorro algum”, relatou.
Um ofício também foi enviado pelo Condisi-YY ao Coordenador Distrital de Saúde Indígena, Ramsés da Silva Almeida; ao Secretário Especial de Saúde Indígena, Reginaldo Ramos; ao presidente da FUNAI, Marcelo Xavier; ao Superintendente da Polícia Federal, José Roberto Peres; e ao Procurador da República, Alisson Marugal.
O Ministério Público Federal (MPF) informou, por nota, que busca junto às instituições competente a investigação sobre o caso e afirmou que “situações como essa são consequência cada vez mais frequente do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima”.
A Hutukara Associação Yanomami tem denunciado suscetivos ataques à comunidade Maikohipi, na região de Palimiú, na Terra Indígena Yanomami por garimpeiros ilegais, que têm utilizado armamentos pesados contra os indígenas.
A Polícia Federal e o Exército foram procurados, mas ainda não retornaram.
Fonte: Correio Braziliense