Elas receberam, em média, 78,6% do salário dos homens em 2018. Dados são da Companhia de Planejamento.
Apesar de mais escolarizadas, as mulheres do Distrito Federal continuam ganhando menos que os homens. Uma pesquisa da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgada nesta segunda-feira (11) mostrou que elas receberam, em média, 78,6% do salário dos homens em 2018.
Em 2017, essa diferença chegou a quase 80,6%. Segundo o levantamento, no grupo das mulheres empregadas, 77,8% têm ensino médio ou superior completos. Já no dos homens, a taxa é menor: 72,3%.
Desemprego
Um dado positivo revelado pela pesquisa é que a taxa de desemprego total das mulheres, no DF, diminuiu pela primeira vez em dois anos: foi de 21,1% a 20,4% entre 2017 e o ano passado. Para os homens, a desocupação caiu de 17,6% para 16,8%.
Embora essa taxa tenha diminuído entre as mulheres, no final de 2018 elas representavam mais da metade do número de desempregados no DF – 53,8%. A Codeplan estima que o número de desempregadas foi de 165 mil.
Ocupação
A queda da quantidade de desempregadas refletiu no número de mulheres ocupadas no DF – que aumentou entre 2017 e 2018 em quase todas as faixas etárias. A desocupação só cresceu para as mulheres com mais de 50 anos.
Na faixa dos 25 aos 39 anos, a participação feminina no mercado de trabalho foi de 81%. Nesse mesmo recorte, a participação masculina caiu de 74,2% para 73,1%.
Áreas de atuação
O aumento na taxa de ocupação das mulheres foi puxado, principalmente, pelo emprego no comércio, na reparação de veículos automotores e motocicletas e no setor de serviços.
Quando se observam os setores, 34% das mulheres estão empregadas na administração pública ou em defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Outras 14% trabalham com alimentação, alojamento e atividades ligadas a artes e recreação. Já 12,3% fazem serviços domésticos.
Carteira assinada
Cerca de 40% das mulheres empregadas têm carteira de trabalho assinada e 22,1% delas estão no serviço público. Entre 2017 e 2018, o número de mulheres empregadas – mas sem carteira assinada – aumentou 6,6%. Já o de mulheres contratadas com carteira assinada aumentou 5,2%.
Fonte G1