Treze pessoas foram detidas; cobrança era de R$ 500 por família. Polícia Civil identificou 10 crimes.
Treze pessoas de 18 a 42 anos foram presas preventivamente nesta terça-feira (8) durante uma operação que pretende desmanchar um grupo criminoso que cobrava dinheiro para que famílias possam permanecer em um acampamento em Planaltina, no Distrito Federal. A Polícia Civil qualificou o grupo como “uma milícia privada”.
As investigações lideradas pela 16ª DP duraram seis meses. Segundo a polícia, foi comprovado que o grupo cometia diversos crimes no acampamento Zilda Xavier, onde moravam 220 pessoas – entre eles, latrocínio, homicídio, roubo, extorsão, corrupção de menores, incêndio doloso, furto, ameaça, apropriação indébita e grilagem de terra.
A extorsão era feita por meio de milicianos armados, de acordo com a Polícia Civil. Quando as famílias se negavam a pagar a taxa cobrada, de R$ 500 por moradia, o grupo invadia os barracos, roubava itens pessoais, agredia os moradores, incendiava o local e “vendia” o lote para outra pessoa.
Também foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão no acampamento, no Condomínio Nova Petrópolis, na Vila Rabelo e na Fercal, todos no DF.
Segundo o delegado Edson Medina, chefe da 16ª DP, o grupo era chefiado por Benedito Gonçalves de Melo Filho, de 42 anos. “Eles expulsavam por sua conta e risco os ocupantes. Aqueles que não atendiam as determinações tinham barracos queimados e a vida ameaçada”, afirmou Medina.
“A casa é rudimentar, tem uma caminha de solteiro e o ‘gato da luz’. São tapumes fracos”