Data marca o Dia Mundial do Doador de Sangue. Visita à fundação foi em companhia das cantoras Simone e Simaria, que se declaram doadoras regulares de sangue.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, lançou nesta quarta-feira (14) em Brasília a Campanha Nacional de Doação de Sangue. A data marca o Dia Mundial do Doador de Sangue. Em visita ao Hemocentro, o ministro foi acompanhado das cantoras Simone e Simaria, que se declaram doadoras regulares de sangue.
“Agenda de ministro é sempre cheia e temos que escolher prioridades. Estou aqui hoje, no lançamento da campanha, demonstrando que o tema doação de sangue tem prioridade total. É de suma importância que tenhamos os estoques abastecidos e com isso salvar vidas que necessitam da doação”, afirmou.
Segundo Ricardo Barros, no inverno, os estoques de sangue diminuem e por isso a importância do lançamento da campanha. “Esse ano faremos uma ampla campanha e de impacto, com grande investimento. Queremos dar o reconhecimento aos doadores, angariar novos doadores e os transforma-los em regulares”, disse.
O Dia Mundial foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com objetivo de aumentar as doações. O Brasil tem atualmente uma marca de 1,8% da população doadora. A meta do Ministério da Saúde é chegar a 3%.
O secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, fez uma doação de sangue assim que chegou ao Hemocentro.
“Cada doação pode salvar até quatro pessoas, é gratificante poder salvar vidas”, lembrou.
A presidente do Hemocentro, Míriam Scaggion, falou das 174 mil transfusões de sangue que ocorrem por ano no DF, onde a fundação é responsável por 75% da coleta. “Agradecemos a população de Brasília, que realiza doações voluntárias em 83% dos casos”.
Doações voluntárias são as não motivadas por algum caso de parentes ou amigos, onde as pessoas vão doar sangue sem uma motivação direcionada.
O caso de Wanessa
Uma grande mobilização nas redes sociais em favor de doações de sangue para Wanessa Cristine lotou o Hemocentro na primeira semana de junho. A moça estava com dois rins paralisados e os pulmões com funcionamento comprometido. Com as postagens da família e amigos na internet, diversas pessoas se solidarizaram e foram doar sangue.
Wanessa não resistiu, e morreu no dia 7 de junho. Apesar disso o Hemocentro ainda registrou um aumento das doações nos dias seguintes.
Segundo a presidente do Hemocentro, a média de doações diárias vai de 150 a 200 e com a campanha o fluxo cresceu muito.
“Tivemos uma média de 900 por dia na campanha da Wanessa. Agradecemos muito a mobilização da população de Brasília e lembramos que para cada doador poderemos ajudar até quatro vidas a mais com esse estoque”, disse.