Autoridades chinesas endureceram os esforços contra a Covid-19 para acabar com surtos da doença no país que surgiram neste mês. Enquanto Pequim intensificou a quarentena, novos sinais de frustração surgiram em Xangai, onde algumas pessoas lamentaram restrições devido ao lockdown.
Mesmo que as tentativas drásticas da China de erradicar completamente a Covid –estratégia chamada “Covid Zero”– atinjam as perspectivas da segunda maior economia do mundo, os novos números de infecções relatados permanecem bem abaixo dos níveis vistos em muitas cidades ocidentais.
A capital registrou 48 novos casos na segunda-feira (23), entre uma população de 22 milhões de pessoas, com Xangai relatando menos de 500 infecções.
Ainda assim, a vice-primeira-ministra Sun Chunlan pediu medidas mais abrangentes para conter a transmissão do vírus e aderir à política de Covid Zero do país durante uma visita de inspeção em Pequim, informou a agência de notícias estatal Xinhua nesta terça-feira (24).
Ainda de acordo com a agência, Chunlan também destacou que a situação em Pequim era administrável, mas os esforços de contenção não podem diminuir.
Em um exemplo do rigor da abordagem de Pequim à doença, cerca de 1.800 moradores de um bairro foram realocadas para a cidade de Zhangjiakou, na província vizinha de Hebei, para quarentena, informou o Beijing Daily, apoiado pelo Estado.
Em Xangai, as autoridades planejam manter a maioria das restrições em vigor este mês, antes de uma suspensão mais completa do lockdown — que já dura dois meses — a partir de 1º de junho. Mesmo assim, os locais públicos terão que limitar o fluxo de pessoas a 75% da capacidade.
Moradores em alguns complexos foram autorizados a entrar e sair de suas casas livremente, enquanto outros foram informados que só podem sair por algumas horas.
Vídeos que circulam nas redes sociais nesta semana mostraram moradores discutindo com autoridades para serem liberados de seus conjuntos habitacionais.
A administração de Xangai não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Fonte: CNN