Categoria ‘Black’ reivindica redução no percentual cobrado pela empresa e exclusividade. Condutores também pedem reajuste no km rodado.
Motoristas da categoria “Black” de transporte por aplicativos como Uber iniciaram uma paralisação nesta segunda-feira (28) no Distrito Federal. Eles cruzaram os braços às 9h e fizeram uma carreata até o escritório da empresa no Lago Sul. Até a última atualização desta reportagem, os condutores permaneciam “offline”.
A reivindicação dos trabalhadores é pela redução do percentual de 20% cobrado pela empresa em cada vagem. Os motoristas querem negociar com a empresa uma tarifa menor por causa do “alto custo da manutenção de nossos veículos e, principalmente por conta dos sucessivos aumentos dos combustíveis no nosso país”.
Eles também pedem reajuste de 10% no valor do quilômetro rodado, que passaria de R$ 2,20 para R$ 2,42.
Em nota, a Uber disse que trabalha para que os “usuários tenham a melhor experiência utilizando a plataforma, seja para gerar renda, seja para se movimentar com facilidade pela cidade”. A empresa também disse que fechou parcerias com diversos postos de gasolina do DF para oferecer descontos em combustível, troca de óleo e filtros.
Outra proposta que ao movimento deve fazer à empresa é que a categoria “black” seja exclusiva. Hoje, o motorista cadastrado nessa modalidade (mais cara e com carro melhor) também atua nas demais categorias. Segundo Jozué Fernandes, um dos organizadores do movimento “Sou mais Black”, os motoristas acabam perdendo, já que o custo de manutenção dos carros é maior e o valor das categorias é menor.
“A Uber hoje tem uma política que esculhamba o mercado. A pessoa tem um carrão, paga despesas de carrão e está oferecendo o serviço com preço de carrinho.”
A organização do ato preparou uma carta com as reivindicações da categoria, e entregou a representantes da empresa no fim da carreata esta manhã. “O objetivo principal é continuar dando excelência ao serviço com qualidade no atendimento, segurança, conforto e, principalmente confiança aos usuários”, diz um trecho da carta.