Grupo é contra possibilidade de fazer pagamentos em espécie e pede redução de taxa cobrada por viagem. PM não autorizou manifestantes a fazer carreata.
toristas do aplicativo Uber “desligaram os celulares” nesta sexta-feira (10) em uma manifestação por segurança. Eles também se declararam contra a possibilidade de pagar a viagem com dinheiro em espécie e pedindo que a empresa cobre uma taxa menor do que os 25% por cada trecho. O grupo se reuniu em frente ao ginásio Nilson Nelson. Procurada, a empresa não se posicionou sobre o ato até a publicação desta reportagem.
Quem precisou usar o aplicativo desde as 6h teve dificuldades para encontrar carros. A Polícia Militar não autorizou que o grupo fizesse carreata até a sede da empresa, na Asa Sul.
De acordo com os organizadores, havia 300 motoristas mobilizados às 9h43. A PM contabilizou 200 manifestantes. Segundo a motorista Maria Alice Ferraz, outra organizadora do protesto, o ato ocorre de forma simultânea em outros estados. “Vários motoristas do Uber no Brasil todo estão protestando hoje contra as condições que nos sujeitamos”, contou.
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“Um motorista que trabalha com a gente foi assaltado recentemente. Colocaram a arma na cabeça dele e levaram todo o dinheiro. Ele ficou muito traumatizado e deixou de trabalhar por um mês”, afirmou.
Para combater essa situação os motoristas sugerem que a empresa crie um sistema de controle cadastral dos usuários mais rígido, para que o motorista também saiba qual passageiro vai transportar.
“Eles poderiam exigir o nome completo, RG, CPF, endereço dos usuários, assim, em casos de assalto, teríamos informações mínimas para registrar na polícia”, afirmou Novaes.
Atualmente a empresa desconta 25% por corrida feita e não diminui o percentual mesmo nas regiões cuja tarifa é menor, como nas áreas afastadas do Plano Piloto.
“O percentual é muito alto. É a gente que acaba pagando pelos descontos nas tarifas das cidades satélites porque o Uber não custeia isso”, disse o motoristas Fernando Alves.
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Pagamento em espécie
Motoristas do Uber passaram a aceitar pagamento em dinheiro em agosto do ano passado. A medida se deu duas semanas após o governo do DF sancionar uma lei que aprova o serviço nas ruas da cidade.
À época, o diretor de comunicação da empresa, Fábio Sabba, disse que pesquisas apontavam que havia demanda por parte de passageiros. “Vimos no Nordeste que 60% dos cadastros novos ‘paravam’ na hora de colocar o cartão de crédito”, declarou.
A empresa não declara a quantidade de motoristas que prestam serviço no DF nem o faturamento.