Segundo denúncia, radiologistas estavam alocados em unidades que não prestavam o serviço. Investigações mostraram que custo das horas extras em 2016 foi de R$ 1,2 milhão.
O Ministério Público de Contas do Distrito Federal pediu a apuração de possíveis irregularidades no pagamento de horas extras de servidores da Secretaria de Saúde. A denúncia feita pelo Sindicato dos Empregados de Saúde (Sindsaúde) informou que técnicos em radiologia estavam recebendo excesso de horas extras, alocados em unidades que não realizavam o serviço.
Segundo as investigações, o custo da secretaria com as horas extras pagas aos radiologistas foi de R$ 1,2 milhão em 2016, e R$ 1,9 milhão em 2015. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que colabora com as investigações que envolvem a pasta e “não tolera, em hipótese nenhuma, a prática de irregularidades”. Sobre as horas extras, a pasta informou que tem realizado auditorias internas.
“Caso haja alguma irregularidade no controle de frequência dos servidores, são abertas sindicâncias para averiguar a veracidade das informações coletadas. “
De acordo com o arquivo apresentado ao MP de Contas pela presidente do sindicato, Marli Rodrigues, havia a movimentação de funcionários para justificar a autorização do pagamento adicional a esses servidores.
A suspeita surgiu a partir da identificação de um radiologista que foi alocado em um centro de saúde que não fazia exames radiológicos, ao mesmo tempo que, outras unidades precisavam de técnico especializado nesta área e, para isso, pagavam horas extras aos profissionais.
O pedido do MP foi encaminhado ao Tribunal de Contas na quinta-feira (4) e até a publicação desta reportagem não havia sido divulgado o prazo para investigação da Corte e a secretaria informou que não tinha sido notificada.