Teatro da Unip recebe ‘Beatles num céu com diamantes’ sábado e domingo. Peça tem atores e músicos em trama com hits de todas as fases da banda.
Fãs de Beatles e de teatro têm uma opção especial de diversão neste sábado e domingo (2 e 3) no Teatro da Unip, em Brasília. O musical “Beatles num céu com diamantes” narra aventuras de uma garota que sai de casa para viver pelo mundo a partir de canções do mais famoso quarteto de Liverpool.
O espetáculo está na 13ª temporada e volta ao Distrito Federal após quatro anos. O musical já passou por diversas cidades brasileiras e teve uma temporada em Lyon, na França. Ao todo, 700 mil pessoas já viram a peça, segundo a produção.
Dirigida por Charles Möeller e Claudio Botelho, a montagem marca a estreia da atriz Gabi Porto, dubladora que participou do filme “Frozen” e que atuou em musicais como “Os saltimbancos trapalhões” e “Tudo por um popstar”.
Sem texto fixo, a peça é encenada ao som de 54 canções dos Beatles, desde a fase “iê iê iê” até os arranjos mais elaborados, passando pelo período psicodélico e pela influência da música oriental. No palco, nove atores são acompanhados por piano, violoncelo, violão, percussão e ukulele.
O espetáculo conta a história de uma menina que sai de casa para viver pelo mundo, se envolve em romances e enfrenta sentimentos como decepção, medo e angústia. A peça narra as experiências dela com cada um dos cantores em cena. Depois, ela volta para casa transformada.
Entre as músicas presentes na montagem estão sucessos como “Hey Jude”, “Help”, “And i love her”, “All you need is love”, “Eleanor Rigby”, “Yesterday”, Let it be”, “Can’t buy me love”, “Strawberry fields forever” e “Lucy in the sky with diamonds”, que inspirou o nome da peça.
Segundo o diretor Charles Möeller, os Beatles sempre estiveram envolvidos com a produção de música para jovens, tinham um lado “revolucionário”, e criaram lemas que serviram de inspiração para o musical. “Os Beatles jamais criaram nada específico para o teatro. Há algo em seu universo que sempre nos interessou: ‘morra jovem e seja eterno’. Por mais que a gente os ouça, percebemos que eles continuam ali, mais vivos e mais pulsantes do que nunca. Uma juventude que não passa.”
Para contar a história, a produção usa recursos simples, como malas cenográficas, guarda-chuvas e cadeiras. A produtora do espetáculo, Carla Reis, diz que os elementos simples são uma forma de “dar um tom mais aconchegante à apresentação”.
Ela afirma que o objetivo não é fazer um cover da banda, mas homenageá-la usando as músicas como um fio narrativo. “Nossos arranjos são originais e confeccionados em função do roteiro, sem qualquer referência com o que se ouve na discografia do quarteto.”
A produtora promete uma surpresa ao público no encerramento, com uma música fora do previsto. “É o nosso bis”, afirma. Ele declara que a expectativa é de um espetáculo “vibrante, original e profundamente emocionante”.