O neurocientista William Klein e o nanotecnólogo Vinayak Dravid, da Universidade North-western em Illinois, trabalham no desenvolvimento de estratégias de detecção e intervenção precoce do Alzheimer por meio da nanotecnologia, isto é, máquinas minúsculas, do tamanho de moléculas, capazes de agir dentro do corpo.
O Alzheimer é marcado pela formação de placas de proteína beta-amiloide no cérebro. Os pesquisadores criaram um anticorpo artificial capaz de detectar toxinas específicas e de ligar-se a partículas alteradas dessa proteína. “Podemos usá-lo, no futuro, para identificar o acúmulo de placas no cérebro logo no início e também para conduzir substâncias terapêuticas ao cérebro”, diz Klein.
Por enquanto, o anticorpo é utilizado pelos pesquisadores para diferenciar amostras de tecidos cerebrais post-mortem saudáveis de doentes. O próximo passo, previsto para o final do ano, é fazer o mesmo no cérebro de ratos vivos. Pesquisas anteriores com roedores já mostraram que sprays nasais podem realmente enviar nanopartículas para o órgão. É possível que o mesmo ocorra com humanos.