Prepare-se para ver o universo como nunca vimos antes.
O Telescópio Espacial James Webb lançará suas primeiras imagens coloridas de alta resolução em 12 de julho, uma das quais “é a imagem mais profunda que já foi tirada do nosso universo”, de acordo com o administrador da Nasa, Bill Nelson.
O observatório espacial, lançado em dezembro de 2022, poderá espiar dentro das atmosferas dos exoplanetas – ou seja, corpos celestes que estão fora do sistema solar – e observar algumas das primeiras galáxias criadas após o início do universo, visualizando-as através de luz infravermelha, invisível ao olho humano.
O primeiro lançamento de imagem destacará as capacidades científicas do Webb, bem como a habilidade de produzir retratos espetaculares de seu enorme espelho dourado e dos seus instrumentos científicos.
Are you ready to #UnfoldTheUniverse?
Join us July 12 at 10:30 am ET (14:30 UTC), as Webb’s first full-color images & data are revealed one by one! Watch on @NASA’s streaming platforms: Facebook, Twitter, YouTube, Twitch, DailyMotion.
(Voice and imagery used with permission.) pic.twitter.com/eakt5xiPEr
— NASA Webb Telescope (@NASAWebb) July 7, 2022
Os primeiros cinco alvos cósmicos do Webb foram compartilhados pela Nasa nesta sexta-feira (8), que forneceu um teaser do que podemos esperar no lançamento.
Os pontos a serem fotografados foram selecionados por um comitê internacional, incluindo membros da Nasa, da Agência Espacial Europeia, da Agência Espacial Canadense e do Space Telescope Science Institute em Baltimore.
Um dos alvos é a Nebulosa Carina, localizada a 7.600 anos-luz de distância. Este berçário estelar é uma das maiores e mais brilhantes nebulosas do céu e abriga estrelas muito mais massivas que o nosso Sol.
Além disso, o primeiro espectro colorido de um exoplaneta, conhecido como WASP-96b, também será compartilhado na terça-feira (12). A imagem incluirá diferentes comprimentos de onda de luz que podem revelar novas informações, como descobrir se o planeta localizado a 1.150 anos-luz da Terra tem uma atmosfera.
O gigante planeta gasoso, que foi descoberto em 2014 e tem metade da massa de Júpiter, completa uma órbita em torno de sua estrela a cada 3,4 dias.
O terceiro é a Nebulosa do Anel Sul, também chamada de “Eight-Burst”, que fica a 2.000 anos-luz de distância do nosso planeta. Esta grande nébula planetária tem uma nuvem de gás em expansão ao redor de uma estrela moribunda.
O Quinteto de Stephan, também esperado no lançamento, revelará a forma como as galáxias interagem umas com as outras. Este grupo compacto de galáxias, descoberto pela primeira vez em 1787, está localizado a 290 milhões de anos-luz de distância na constelação de Pégaso.
O alvo final é o SMACS 0723, onde um enorme grupo de aglomerados de galáxias atua como uma lupa para os objetos atrás delas.
Chamado de lente gravitacional, isso criará a primeira visão de campo profundo de Webb de galáxias incrivelmente antigas e distantes. Será o mais profundo que os humanos já olharam para o universo.
O objetivo inicial do telescópio era ver as primeiras estrelas e galáxias do cosmos, essencialmente observando “o universo acender as luzes pela primeira vez”, disse Eric Smith, cientista do programa Webb e cientista-chefe da Divisão de Astrofísica da Nasa.
Smith trabalhou no Webb desde o início do projeto em meados da década de 1990.
“O Telescópio Espacial James Webb nos dará um novo e poderoso conjunto de olhos para examinar nosso universo”, escreveu Smith em uma atualização. “O mundo está prestes a ser novo novamente.”
Fonte: CNN