A Polícia Civil do Distrito Federal investiga 20 contadores suspeitos de criarem pelo menos 30 empresas fantasmas com o objetivo de sonegar impostos. O grupo movimentou R$ 600 milhões durante as investigações e deixou de recolher aos cofres públicos ao menos R$ 100 milhões, segundo a polícia.
De acordo com a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), os suspeitos recolhiam impostos em valores bem menores do que os devidos. Em vez de pagarem os R$ 100 milhões devidos, por exemplo, os contadores recolheram R$ 30 mil aos cofres públicos nas operações fraudulentas.
“Os suspeitos movimentam as empresas como se fossem depósitos de bebidas. No entanto, eram apartamentos, casas e salas. A Polícia Civil concedeu 17 mandados de busca e apreensão em Planaltina, Park Way, Taguatinga, Ceilândia e Vicente Pires, entre outras cidades”, afirmou o delegado-chefe da Corf, Jeferson Lisboa.
Nenhum suspeito foi preso. Eles receberam mandado de condução coercitiva (quando o suspeito é encaminhado para a delegacia para prestar depoimento, mesmo contra a vontade dele, e depois liberado).
As investigações fazem parte da Operação Hi Fi, deflagrada nas primeiras horas desta quinta-feira (10).