A área é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que definiu aumento de 9,5% para os parques nacionais
Apesar de ter sido anunciado com antecedência de quase um mês, o aumento de 50% no valor da entrada do Parque Nacional de Brasília (Água Mineral) surpreendeu muitos visitantes. Válido desde ontem, o reajuste, que elevou o ingresso de R$ 8 para R$ 12, provocou desistências.
O corretor de imóveis Francisco Lima, 50, costuma correr no local. Mas, por causa da novidade, decidiu ir ao Parque da Cidade. “Vou ter que mudar de hábito, porque R$ 12 é muito caro. Deveria ser um valor simbólico”, afirmou. Durante o tempo em que a reportagem esteve no portão do parque, um casal também desistiu de entrar.
Em dias quentes, a Água Mineral atinge a lotação máxima, de três mil pessoas, antes das 10h. Ontem, porém, até as 11h30, somente 130 tinham entrado, segundo funcionários.
E o preço ficou ainda mais salgado para visitantes estrangeiros: subiu de R$ 16 para R$ 24. Brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil, com 60 anos ou mais, e crianças até 12 anos incompletos não pagam.
Status
A área é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que definiu aumento de 9,5% para os parques nacionais. Entretanto, a Água Mineral foi uma exceção e teve um reajuste maior devido a uma mudança de status.
“O parque subiu na escala de classificação. Passou do grupo 6 para o 2, relativo a parques mais estruturados. Isso tem relação com a quantidade e a qualidade dos serviços”, diz o coordenador de visitação do ICMBio, Jorge Nogueira. Hoje, por ser feriado, os portões não serão abertos.