Segundo estudo, 78% dos lares de Brasília estão com contas atrasadas. Fecomércio acredita que endividados ‘pisaram no freio’ durante a crise.
O número de famílias endividadas caiu 2% de maio a junho no Distrito Federal, de acordo com estudo publicado pela Fecomércio nesta terça-feira (21). De acordo com a pesquisa, a quarta queda seguida em 2016 ocorreu por causa do baixo crescimento da renda das famílias, a insegurança no ambiente de trabalho e o aumento da inflação.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostra que, em todo o Distrito Federal, 719.072 famílias estão endividadas neste mês de junho. O índice é o menor registrado este ano e representa uma queda de 9,31 mil pessoas. Em maio eram 728.383 família com contas atrasadas.
“O consumidor percebe que as empresas não estão contratando, o que faz com que ele tenha cautela e evite criar novas dívidas”, afirma o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana. A entidade acredita que o consumidor do DF está se precavendo durante o período de crise e com o cenário “menos favorável do mercado de trabalho”.
O estudo aponta que 88,5% das famílias endividadas afirmam ter débitos com o cartão de crédito. Das famílias com contas atrasadas, 33,5% acreditam conseguir quitar as dívidas por completo, enquanto 66,5% disseram que conseguem apenas saldar parcialmente os atrasados.
Do total de endividados, 2,3% dos brasilienses afirmaram à Fecomércio que não têm condições de quitar as dívidas e 3,7% não sabem se conseguirão pagar o que devem. A pesquisa foi realizada com 600 famílias.
Segundo a Fecomércio, o estudo serve para orientar os empresários dos setores de comércio, serviços e turismo que utilizam o crédito para aumentar as vendas.