O vazamento de óleo que atingiu o Lago Paranoá, em Brasília, em 17 de janeiro último, teve origem na caldeira do restaurante que funciona no Palácio do Planalto, aponta o laudo da Universidade de Brasília (UnB). O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (20).
“Pelas análises, os dois óleos são muito parecidos. Pelas características, pelos pontos analisados, são muito similares”, afirma o químico responsável pela análise, Davi Mark Mendes Pinho.
O óleo atingiu a margem do lago no fim da manhã de 17 de janeiro, nas proximidades do Clube dos Fuzileiros. A nódoa ocupou uma área de aproximadamente 180 m e tinha 2 milímetros de profundidade, segundo o Corpo de Bombeiros.
A Presidência da República informou que a caldeira e o tanque de óleo foram desativados assim que foram divulgados os primeiros resultados de análise, ainda em janeiro. O órgão disse que se reuniu com o secretário de Administração do DF e com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e que vai assinar um acordo que prevê a remoção por completo do equipamento em um prazo de 120 dias.
De acordo com o Ibram, o óleo foi contido em poucos dias e os danos ambientais foram pequenos. Na época, a administração do Palácio do Planalto foi multada em R$ 50.331.
“O Ibram vai estudar com eles [Palácio do Planalto] a melhor forma de pagamento desta multa, que pode ser feito em dinheiro ou em serviços ambientais”, afirma o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DF, Eduardo Brandão.
Segundo ele, o impacto ambiental foi pequeno porque o Corpo de Bombeiros agiu rapidamente. “A quantidade foi muito menor e as ações foram muito rápidas, não deixou que o óleo se espalhasse. Na época, a única dúvida que tínhamos era se o óleo era da caldeira ou de algum vazamento pontual. Já fizemos a autuação e o termo de ajuste”, diz.
O secretário havia dito, quatro dias após o surgimento da mancha no lago, que o óleo havia saído de uma área no Palácio do Planalto. “Depois de alguns estudos com equipamentos nas galerias de águas pluviais, podemos afirmar que o óleo foi derramado dentro da área do Palácio do Planalto, no poço de visita”, disse Brandão. “Provavelmente, [foi] um vazamento que veio da caldeira do Palácio que atende ao restaurante.”