Um dos delegados que participou da Operação Átrio, Fábio Santos de Souza, chefe da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco), afirmou, por exemplo, que os envolvidos recebiam não apenas propinas ou vantagens patrimoniais, mas benefícios e informações privilegiadas. Ele adiantou que o objetivo é descobrir se havia uma quadrilha por trás do esquema de agilização de alvarás para construções em Águas Claras e Taguatinga. “Estamos analisando a conduta das pessoas e trabalhando para fechar o crime de associação criminosa.”
Dois dos principais envolvidos no caso seguem isolados. O ex-administrador de Taguatinga Carlos Alberto Jales continua internado em um hospital particular da cidade. O pedido de prisão temporária dele foi expedido na quinta-feira, quando começaram as ações de busca e apreensão da Operação Átrio, mas acabou frustrado porque os policiais não o encontraram. Na sexta-feira, ele foi hospitalizado com uma crise hipertensa. “A gente aguarda a alta médica para ele ser ouvido”, afirma Rodrigo Bonach, diretor substituto do Departamento de Polícia Especializada. Já Carlos Sidney de Oliveira, ex-mandatário de Águas Claras, continua em detenção domiciliar.
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