Mandados são cumpridos no Distrito Federal e em mais cinco estados
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (10/8) uma operação para desarticular um grupo criminoso composto por empresários e agentes políticos que davam suporte financeiro aos roubo de cargas em diversas cidades do Brasil. Mandados são cumpridos no Distrito Federal e em mais cinco estados.
A força tarefa também conta com a atuação da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar de Goiás e o Ministério Público de Goiás. A operação foi batizada de Hicsos II e conta com apoio de 450 policiais. Ao todo, são cumpridos 91 mandados judiciais, dentre eles 40 de prisão nas cidades dos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.
As ações de investigação desenvolvidas na Operação Hicsos I, deflagrada em fevereiro deste ano, permitiram aos investigadores identificar os financiadores do crime de receptação. As informações coletadas levaram a empresários do ramo do comércio e até a agentes políticos.
Uma vereadora suplente também teve mandado de prisão expedido, acusada de lavar dinheiro para integrantes da organização criminosa. Os policiais identificaram seu envolvimento com o grupo de roubo a cargas por intermédio de seu marido, preso na primeira fase da operação.
O esquema criminoso teria movimentado, até o momento, em torno de 30 milhões de reais. Durante as investigações, os policiais já haviam prendido 30 pessoas, retirado de circulação 15 armas de fogo, apreendido 15 veículos roubados e recuperado mais de meio milhão de reais em cargas roubadas.
Um dos integrantes do grupo encontra-se foragido. Os policiais suspeitam que ele esteja na Inglaterra e vão solicitar apoio às autoridades locais e à Interpol para realizar a sua prisão. Os envolvidos responderão pelos crimes de roubo qualificado, cárcere privado, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e receptação.
HICSOS I
Na primeira fase da Operação Hicsos , pelo menos 104 envolvidos foram presos pelo envolvimento com roubos de carga. Os criminosos abordavam veículos em rodovias de todo o país, utilizando-se de falsas barreiras.
O grupo avaliava a carga de cada caminhão parado e, quando se deparava com uma de alto valor, anunciava o assalto. Além disso, para facilitar a ação, os criminosos utilizavam equipamentos de alta tecnologia com o intuito de evitar o rastreamento do veículo.
Fonte: Metrópoles