Apontado como um dos maiores narcotraficantes do Distrito Federal, Geovane Gonçalves de Souza, 38 anos, conhecido como Nego Gel, foi preso durante uma operação deflagrada pela Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil (Cord/PCDF) e pelo Ministério Público do DF (MPDFT). O criminoso acumula extensa ficha criminal por crimes de homicídio qualificado, extorsão, ameaça, roubo, tráfico de drogas, posse e porte de armas, além de ser investigado por manter contato com traficantes do Paraguai. Prisão ocorreu na sexta-feira (10/12).
As investigações iniciaram ainda em 2020. À época, policiais civis realizaram diligências em Planaltina de Goiás e em Formosa (GO), endereços onde Geovane estaria se escondendo. Neste ano, os agentes receberam a informação anônima de que o criminoso teria voltado a morar no DF, especificamente no Vale do Amanhecer, em Planaltina, em decorrência de uma série de conflitos com rivais de Goiás. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Nego Gel aparece atirando para o alto de dentro do carro: a atitude seria uma espécie de ameaça a outros traficantes.
Novas informações repassadas aos investigadores indicam que o traficante armazenava drogas, várias armas de fogo, munições de grosso calibre e até silenciadores. De acordo com a apuração policial, Geovane estaria envolvido na “Guerra dos Milhões” com traficantes de outros países, como o Paraguai. “Ele tinha forte atuação na região Norte do DF, abarcava a região de Sobradinho, Planaltina e Paranoá e difundia pânico e muitas drogas ilícitas e ostentava em redes armas de fogo, efetuava disparos para assustar seus concorrentes. Um indivíduo extremamente perigoso”, detalhou o delegado Rogério Rezende.
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Em uma das diligências, os policiais flagraram Geovane saindo da garagem de casa em um Jetta. Durante a operação, os agentes foram recebidos na casa por uma mulher grávida de nove meses, que relatou não ter conhecimento sobre a existência de drogas no imóvel.
No interior da casa, foram localizados 37 kg de skank; 500 gramas de cocaína; 10kg de maconha; munições calibre .380, .38 e 9mm e um carregador de 9mm vazio dentro de um baú. A casa de Geovanne contava, ainda, com esquema reforçado de segurança, com grades altas e dois cães da raça Rottweiler.
Um homem apontado como comparsa de Geovane, Galvan Souza Silva, foi preso dentro da casa, procurado no Estado da Bahia por dois roubos (dois mandados de prisão em aberto). Tanto Geovane quanto Galvan tiveram as prisões flagrantes convertidas em preventivas pela Justiça do DF.