Os organizadores do “bloco do protesto” — evento que reuniu mais de 500 foliões no Buraco do Tatu, neste domingo (27/2) — podem ser multados em até R$ 20 mil por descumprimento dos protocolos sanitários impostos pelo Executivo local para conter o avanço da covid-19. Para aplicar a penalidade, as equipes da DF Legal precisarão identificar os responsáveis.
Conforme prevê o decreto, estão proibidas festas ou eventos carnavalescos na capital. A operação Carnaval dispõe de uma força-tarefa, que reúne oito órgãos, incluindo a Polícia Militar do DF, DF Legal e Procon. Diariamente, as equipes fiscalizam as áreas públicas e estabelecimentos comerciais, uma vez que esse tipo de festa está proibida, mesmo que seja promovida em bares ou restaurantes.
Com aglomeração e sem máscara, bloco de carnaval desafia proibição em "protesto" https://t.co/tXmgBSaw5u pic.twitter.com/UubuMs1rd9
— Correio Braziliense (@correio) February 27, 2022
No entanto, mesmo com as restrições, algumas pessoas não se intimidaram e se reuniram no Buraco do Tatu para a folia. Um grupo de instrumentistas afirmou ao Correio tratar-se de um bloco de protesto contra a criminalização do carnaval. “Ao ar livre é menos perigoso. Estamos vacinados, inclusive, contra a ditadura”, disse sob a condição de anonimato.
Procurada pela reportagem, o DF Legal informou que nenhuma manifestação carnavalesca está autorizada pelos atuais decretos vigentes. No fim da tarde, as equipes foram até o evento. “É importante informar que esta secretaria é uma dentre os oito órgãos que integram a força-tarefa criada para o enfrentamento da pandemia e que tem a responsabilidade concorrente com estes demais órgãos de promover a fiscalização das medidas restritivas estabelecidas no decreto da Covid”.
O DF Legal destacou, ainda, que todas as medidas que estão sendo tomadas são para evitar a proliferação da Covid-19 no Distrito Federal, preservando vidas e alertou a população. “Pedimos a compreensão da população e esperamos que, com essas medidas, possamos reduzir os índices de transmissão e o quanto antes retornarmos a normalidade, inclusive com uma folia segura no ano de 2023”.
Fonte: Correio Braziliense