Os moradores de Santa Maria, Gama, São Sebastião e Paranoá devem enfrentar problemas para usar o transporte público nesta quarta-feira (26/2). De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Rodoviários, Cláudio Galvão, 70% dos rodoviários do Grupo Pioneira cruzaram os braços, desde as 5h, para reclamar da demora na rescisão dos contratos com as empresas Satélite, Planeta e Cidade Brasília, que devem deixar de operar no Distrito Federal.
A paralisação é de 24h e, segundo o sindicato, apenas as empresas da cooperativa Cootarde e da empresa Rota do Sol, que fazem linhas circulares, devem funcionar. Como elas têm representatividade mínima, quem precisa de transporte para chegar a outras cidades vai encontrar bastante dificuldade. Só no Gama, 380 funcionários deixaram de trabalhar hoje.
Os rodoviários afirmam que, no processo de transição de empresas do transporte público, apenas a Pioneira ganhou a licitação. A Satélite, a Planeta e a Cidade Brasília devem sair, mas os funcionários reclamam que seus direitos trabalhistas ainda estão pendentes. A Pioneira não quitou as dívidas e os trabalhores estão impossibilitados de trabalhar. São 600 pessoas paradas em casa, sem receber salário, segundo o sindicato.
O diretor-geral do DFTrans, Marco Antônio Campanella, afirma que o governo monitora a situação de perto, e espera que a empresa e o sindicato cheguem a um entendimento o mais rápido possível. Ele ressalta que esse foi o único caso problemático na transferência entre as antigas e as novas empresas que circulam no DF. “Quase 10 mil funcionários trocaram de patrão sem problema algum”, garante.
Por meio da assessoria de imprensa, a empresa alega que o governo havia se comprometido a arcar com as rescisões e teria desembolsado recursos para quitar as dívidas de outras empresas, como a Rápido Planaltina. Os funcionários teriam sido convocados a retomar o trabalho enquanto o impasse não se resolve.