É preciso falar para conhecer, enfrentar, tratar e evitar. A última semana do mês começou com um ato pela prevenção ao suicídio como parte do Setembro Amarelo, que prevê desmistificar o tema tabu, mostrar o problema à sociedade e chamar a atenção para a importância de debater o assunto. O JBr. já mostrou que, a cada mês, dez pessoas se matam no DF.
Cerca de 300 pessoas fizeram uma caminhada, ontem, no Parque da Cidade. Tudo organizado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr) para chamar a atenção da população para o tema. Foi o que explicou Carlos Guilherme Figueiredo, presidente da entidade brasiliense.
De acordo com o psiquiatra, transtornos de humor e abuso de substância são as principais causas que levam ao suicídio ao redor do mundo. “Temos que informar para prevenir. Toda a comunidade de saúde deve ser capacitada”, acredita. Identificar e tratar os transtornos são, para ele, as prevenções, e qualquer alteração de comportamento deve ser investigada.
Hoje são registrados cerca de dez mil suicídios no Brasil e mais de um milhão no mundo. Em mais de 96% dos casos, explica o especialista, caberia um diagnóstico de transtorno mental. Os mais comuns são depressão, bipolaridade e transtornos decorrentes de dependência química e alcoólica.
O Exército participou da caminhada. “Nada é mais importante do que a vida. O suicídio é um problema que precisa ser abordado”, disse o general Teixeira.
Saiba mais
Tramita na Câmara dos Deputados uma proposta de instituição da Semana Nacional de Valorização da Vida. A iniciativa prevê a promoção do debate, da reflexão e da conscientização sobre essa temática na sociedade.