Escuta esta: 1 bilhão de pessoas têm alto risco de ficar sem audição nas próximas décadas, de acordo com as estimativas mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Preocupada com o impacto que isso pode provocar na saúde e na qualidade de vida das pessoas, a própria entidade elegeu a perda auditiva como uma de suas cinco prioridades para o século 21 e selecionou um grupo de especialistas que vai criar políticas públicas para reverter esse cenário assombroso.
“Em quatro anos, teremos todos os estudos concluídos e decidiremos as estratégias para que cada país possa proteger sua população”, estima o médico Ricardo Bento, professor titular de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e um dos membros da força-tarefa internacional.
O que abala a audição
- Envelhecimento
- Uso constante de fones com volume muito alto
- Doenças congênitas (que aparecem logo ao nascer)
- Acidentes ou traumas que rompem o tímpano
- Acúmulo de cera
- Falta de diagnóstico precoce de enfermidades no ouvido
- Uso inadequado de hastes flexíveis
- Hipertensão e diabetes descontrolados
Algumas medidas básicas já ajudam a preservar a audição
Olha o fone: se você curte utilizá-lo, tome cuidado com volumes elevados, que ferem aos poucos o canal auditivo.
Não cutuque: evite usar hastes flexíveis ou qualquer outro objeto pequeno para coçar a orelha ou tirar cera.
Fique atento: se perceber qualquer dificuldade para entender o que os outros estão falando, procure o médico.
Tempo é tudo: detectar a surdez em seus primeiros estágios possibilita um tratamento muito mais tranquilo.
Tem um app pra isso!
Quer saber se está escutando direitinho? Você pode baixar o aplicativo HearWHO, disponível gratuitamente para Android e iOS. Feito pela própria OMS, ele realiza avaliações de sua capacidade auditiva e sugere uma consulta com o médico se os resultados não forem bons.