As quase 900 pessoas desabrigadas após o temporal de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, estão sendo monitoradas pela Secretaria de Estado de Saúde. A informação é do secretário Alexandre Chieppe.
A intenção da equipe de Vigilância em Saúde é identificar possíveis doenças desenvolvidas por causa da água da chuva, como a leptospirose, infecção causada pela exposição direta ou indireta à urina de animais com a doença.
“A gente não teve nenhum caso confirmado de leptospirose, mas isso pode demorar mais um pouco. A leptospirose começa a aparecer de 7 a 10 dias após a exposição. Então agora é o momento de a gente monitorar, identificar as pessoas com maior risco e iniciar um tratamento precoce pra quem apresentar sinais da doença”, explicou o secretário.
Outra preocupação é a possível aglomeração causada nos abrigos e a proliferação do coronavírus. Até agora, 157 pessoas foram vacinadas com a dose de reforço do imunizante contra a Covid-19 nos locais de apoio às vítimas.
Os primeiros casos de infectados foram identificados nesta quarta-feira (23), através de testes rápidos que estão sendo feitos nos abrigos. No entanto, ainda não há um balanço de quantos testaram positivo pra Covid-19.
“Nós já identificamos alguns casos de covid. Essas pessoas são imediatamente isoladas. Além disso, as equipes de saúde aplicam a vacina nas pessoas que precisam completar seu esquema vacinal. E pessoas com sintomas respiratórios são imediatamente testadas. Isso permite que a gente faça um isolamento rápido”, complementou Chieppe.
Oito dos 42 abrigos visitados por equipes da Secretaria de Estado de Saúde tinham problemas na água. Para a identificação e solução do caso, é usado um equipamento que faz o controle de qualidade da água.
Fonte: Agencia Brasil