Em operação tartaruga, intensificada há dois meses, militares do Distrito Federal instalaram sete outdoors em quatro regiões administrativas durante o fim de semana cobrando do governo isonomia salarial e reestruturação da carreira. O movimento disse que vai colocar mais 11 letreiros e distribuir 40 mil panfletos a partir desta segunda-feira (27). O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, disse que “não tem nada que justifique esse tipo de movimento”, porque há “diálogo com o governo.”
“Há realmente um movimento que tem gerado essa redução da produtividade policial. Os policiais militares têm todo nosso respeito, o respeito do governo”, disse. “O pleito deles é legítimo.”
Os equipamentos foram instalados em Samambaia, no Gama, em São Sebastião e no Paranoá e, além de pedir a valorização dos militares, comunicam uma assembleia geral de policiais e bombeiros às 9h do dia 13 de fevereiro, em frente ao Palácio do Buriti, sede do GDF.
Um policial que não quis se identificar disse que os itens foram custeados pelos próprios servidores, que estão depositando quantias em uma conta específica. “Não somos a favor do aumento da criminalidade, mas preciso sustentar minha família.”
Ele afirmou ainda que durante a ação a categoria tem cumprido apenas o que é previsto na Constituição Federal. “Com a operação, não fazemos abordagem a carro suspeito, por exemplo, e não preservamos locais de crimes.” cerca de 90% dos militares estão se sentindo desmotivados.
Segundo Rodrigues, a mudança do comando da PM não trouxe nenhuma novidade em relação às negociações. O cabo, que está há 14 anos na corporação, afirma que a reestruturação do plano de carreira já deixaria os militares contentes.
“Se fizesse a reestruturação, que dá para ser feita ainda este ano, nós já ficaríamos satisfeitos. A isonomia não dá mais tempo neste governo, então não podemos cobrar algo que sabemos que não vai acontecer”, afirma Rodrigues.