Policiais militares e bombeiros do Distrito Federalrejeitaram a proposta de reajuste feita por Agnelo Queiroz em reunião na manhã desta terça-feira (18) em frente ao Palácio do Buriti. A categoria chegou a ficar em operação tartaruga durante três meses e só voltou a trabalhar normalmente depois que a Justiça decretou o fim do movimento.
Presente na assembleia, o major Ricardo Pato explicou que a proposta não foi acatada porque a categoria quer que o GDF encontre uma forma de distribuir o reajuste linearmente entre todas as patentes.
A proposta do GDF era de reajuste de 22% nos salários das categorias em três anos, o que vai aproximar os salários com os da Polícia Civil. No caso dos benefícios, os reajustes variam entre R$ 560, para praças, e R$ 1,2 mil, para oficiais. Tudo seria pago com recursos do governo local, por meio de um decreto.
Representantes da categoria afirmaram que não existe possibilidade de retomada da operação tartaruga. Os PMs disseram que vão entregar, até o dia 5, uma proposta ao GDF para negociar o reajuste.
O coordenador do Fórum das Associações Representativas dos Policiais Militares e dos Bombeiros, Mauro Brambilla, disse que 15 associações da categoria participaram de reunião durante a madrugada com o vice-governador, Tadeu Fillippeli, para detalhar a proposta.
Segundo Brambilla, o GDF havia se comprometido a antecipar uma parcela do auxílio-alimentação, de julho para maio, e assinar um projeto de reestruturação da carreira. O PM também afirmou que a proposta apresentada poderia ser melhor. “Mas é um primeiro passo para isonomia a ser alcancada em 2017”, disse.
“O governador tinha dito que ia abrir um estudo, mas como estamos ha muito tempo pleiteando desde 2012 estamos escaldados. Depois de muito relutar, o governador se comprometeu a assinar em praça pública no aniversário do Corpo de Bombeiros, em julho, a proposta de reestruturação”, completou Brambilla.
A proposta de reajuste de auxílio-moradira dividiu os policiais, já que o aumento é escalonado. “A maioria dos PMs está insatisfeta. Os coronéis estão fazendo lobby porque o reajuste pra eles é muito maior”, disse um soldado que não quis se identificar. “O auxílio será de R$ 3, 6 mil pra oficial e 1.100 pra praça. Vamos votar contra.”
Uma discussão sobre o assunto chegou a provocar bate-boca entre os PMs, enquanto eles aguardavam a votação da proposta feito pelo GDF. No carro de som, um dos coordenadores pediu calma e afirmou que nada seria decidido sem votação.